Café Literário

terça-feira, 3 de julho de 2012

bem vindo blog palhaco






Estou no processo de construção do meu blog e espero poder contribuir muito com o meu espaço e minhas postagens, mesmo que de forma muito singela. Obrigada pela visita.
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"Assim são as imagens poéticas: elas têm o poder de ir lá no fundo da alma, onde moram os esquecimentos. E quando um desses esquecimentos acorda, a gente sente um estremeção no corpo. Essa é a missão da poesia: recuperar os pedaços perdidos de nós."
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Rubem Alves




 
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Rubem Alves

Cordel - A sala do Primeiro A


Prestem atenção leitores          
Uma história vou contar
De uma turma muito alegre                    
Nós agora vamos falar
É uma turma muito amada
Que vive sempre antenada
A turma do primeiro A.

Essa sala é muito grande      
Trinta e três para estudar
Com muita força de vontade                 
Estudando com qualidade
Todos de ano vão passar.
Espera aí, nem todos vão!
Pois muitos gostam de filar.

Dois de março desse ano
O tumulto começou
Quem era primeiro ano
Na sala três se juntou.
Foi logo se apresentando
Nosso professor Orlando
De quem toda galera gostou.

Tem panelas nessa sala
Tem gente que não se fala
Tem amigos bem unidos
Gêmeos nada parecidos
Todo mundo é diferente
Tem todo tipo de gente
Quem puder então aguente.

Os professores são legais
Esforçados por demais
Eles torcem que a gente
Estude e vá em frente
Aprendendo sempre mais
Sem nunca olhar para trás
Pois o futuro vale mais.

Português nós temos Rita
Ensinando com amor
Matemática temos Marcos
Que é um bom professor
Para Inglês nós temos Dora
Pepeu é nossa pró de História
Essa tem boa memória!

Biologia temos Mara
Maravilha de pessoa
Redação nós temos Cleidy
Professora gente boa.
Esportes é Luciano
Geografia é Orlando
Mais conhecido por Tchando.

Guedinha ensina Filosofia
E também Sociologia.
Camila ensina Física
Começando o nosso dia
Quase sempre com alegria.
Química é Paulo Gislan
Sexta-feira de manhã.

Esses são os professores
Todos bons educadores
Nos ajudam noas estudos
Passaporte pra o futuro
Isso é o melhor de tudo
Sermos grandes cidadãos
Essa é a melhor lição.

Os alunos são fundamentais
Sem eles a sala não existiria
São pessoas muito legais
Que se encontram todo dia
E para lhes homenagear
Os nomes deles vou citar
Fique atento se eu lhe chamar.

Adeize, Adriana, Adriele,
Álvaro, Lucas, Driele,
Andréia, Sérgio Jamiles,
Beatriz, Laécio, Erimires,
Débora, bruno, Tamile,
Mirian, Silas, Jamile,
Também Kátia e Shirlei,

Denilson, Ediclécia, Israel,
Daniela, Izaelma, Natanael,
Perivaldo, Marcos Alexandre,
Marcos Paulo e Nadjane.
Alunos de várias idades
De todo canto da cidade
Vivendo com unidade.

O objetivo é estudar
E nossa sala conservar
Prestar sempre atenção,
Não jogar lixo no chão,
Lutar pela educação,
Construir nossa Nação.
Essa é a nossa grande missão.


Cordel escrito pelas alunas Adrielle e Tamile, do Primeiro A, do ano de 2008.








sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cordel - Dom Casmurro




 Meus leitores queridos             
Agora vamos contar
A história de Bentinho
E vocês vão adorar                              
Com seu jeito acanhado                         
De Dom Casmurro apelidado        
Por não gostar de conversar.


Uma menina audaciosa
A Bentinho encantou
Seu nome era Capitu
Ele por ela tinha amor
Mas sua vida foi prometida                          
Pela sua mãe querida
À Igreja e ao Senhor.


"Essa promessa maldita
impediu o nosso amor"
Disse Capitu a Bentinho
Depois que ele a beijou
Foi um beijo prolongado
Que o deixou assustado
E também mais apaixonado.


Embora contrariado
Com o coração magoado
À promessa teve que cumprir
Ia tornar-se reverendo
E à Igreja servir
Então entrou no seminário
Porém não consegui concluir.


Chegando ao seminário
Conheceu a Escobar
E uma grande amizade
Entre eles aconteceu
Então Bentinho revelou
Não querer servir ao Senhor
Porque tinha um grande amor.


Medicina ou Direito?
Não importa a opção
O que ele queria mesmo
Era encontrar um jeito
E resolver a situação
Com um plano de Escobar
Surge então a solução.


Assim tudo entrou no jeito
E formado em Direito
Com Capitu foi viver
Em tempos de harmonia
Ezequiel veio a nascer
Ficaram muito felizes
vendo seu filho crescer.


Sancha e Escobar
Capitu e Bentinho
Quatro amigos "enlaçados"
Dois casais apaixonados
Que conviviam bem juntinhos
Mas por obra do destino
Separados foram os caminhos.


A morte levou consigo
O grande amigo querido
E Capitu ficou a chorar
Bentinho desconfiado
Então foi observar
A semelhança existente
Entre o seu filho e Escobar.


Essa grande desconfiança
Sua mente veio  perturbar
E assim uma decisão
veio logo a tomar
Mandou Capitu à Europa,
O país não nos impota,
Para seu filho criar.


Passado algum tempo,
Após a morte de Capitu,
Ezequiel moço voltou
E encontrou com seu pai
Cheio de solidão e rancor
Pois  tinha quase certeza
Sobre a traição do seu amor.


Machado em sua obra
Só confundiu o leitor
Capitu traiu Bentinho?
Foi a dúvida que ficou
E ela nunca vai sair
Pois ninguém vai descobrir
Sem consultar o leitor.


Agora queridos leitores
Muitíssimo obrigado
Pela vossa atenção
Nos desculpe a grande dúvida
Mas não temos solução
Leiam o romance D. Casmurro
E cheguem vocês a uma conclusão.


Trabalho realizado pelas alunas Lorena , Géssica, Priscila do segundo ano do Ensino médio do Colégio Mandinho Almeida.



























quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
Cecília Meireles

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe um grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galos,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã,toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se enleva por si: luz, balão.

Tecendo a manhã,
de João Cabral de Melo Neto.